
TUDO é uma questão de perspectiva.
nada é o que parece. cada objecto é uma miríade de objectos, pessoais e intransmissíveis. não é mais do que a soma de todas as acepções que, individualmente, cada ser humano conjectura. mesmo as coisas mais objectivas do mundo são alvo de uma constante e ininterrupta interpretação do que são. não há duas pessoas iguais, logo, não há dois pensamentos iguais, logo, não há duas formas iguais de pensar num objecto.
vejamos por exemplo esta imagem.
a minha primeira interpretação dela dizia-me que se tratava de uma fénix. uma ave mitológica que se auto-regenerava. uma ave iconograficamente representada, é óbvio. mas na imagem vi claramente um pescoço e um par de asas. quando me foi dito o que era, consegui perceber com algum custo. tive alguma resistência em destruir a imagem que tinha previamente construido para a substituir por uma mais próxima da realidade. ou da realidade mais facilmente aceite pela grande maioria dos comuns mortais. aquela realidade que todos aceitam como axiomática. uma realidade muito mais consensual, mais cómoda, mais redonda. que causa menos atrito, menos prurido.
porque há-de esta imagem ser a representação do objecto fotografado? por que não pode ser uma fénix? por que não pode ser qualquer outra coisa?
porque pode. porque uma imagem é muito mais do que uma representação do objecto retratado. é um pouco do objecto e muito de quem a captou...
2 comentários:
SERRALVES!!!!
SORRY:)
eu conheco esta pa :)
como estas tu meu amiguito?
Beijokitas no coração!
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